Localização Geográfica

Aveiro é uma cidade portuguesa, situada na Região Centro, sub-região do Baixo Vouga, capital do Distrito de Aveiro, com cerca de 55 000 habitantes.

É sede de um município com cerca de 78 450 habitantes e 197,58 km² de área, subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Murtosa, a nordeste por Albergaria-a-Velha, a leste por Águeda, a sul por Oliveira do Bairro, a sudeste por Vagos e por Ílhavo, e com uma faixa relativamente estreita de litoral no Oceano Atlântico, a oeste, através da freguesia de São Jacinto. É um importante centro urbano, portuário, ferroviário, universitário e turístico.



História

Em finais do século XVI, princípios do século XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto, criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da lagoa, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes, muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa, e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filipina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia.

Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado por traição, o seu último duque. Por essa razão, e a pedido de algumas pessoas notáveis da cidade, à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em vez de Aveiro, por Alvará Real de 11 de Abril de 1759. Com a queda do poder do Marquês de Pombal, após D. Maria I se tornar rainha em 1777, logo esta mandou voltar a cidade à sua designação anterior.



Gastronomia

Os ovos moles de Aveiro é um doce típico da cidade de Aveiro.

Trata-se de um doce regional, tradicional da pastelaria aveirense, cuja fórmula e método de produção original se deve às freiras dos vários conventos aqui existentes até ao século XIX. As religiosas utilizavam a clara de ovo para engomar os hábitos, enquanto que as gemas, para que não fossem desperdiçadas, se constituíram na base para a feitura do doce. Extintos os conventos, o fabrico dos ovos moles manteve-se, graças a senhoras educadas pelas referidas freiras. Desde o início da linha de caminho de ferro Porto-Lisboa que é tradicional a sua venda durante a paragem dos comboios na estação de Aveiro, feita por mulheres usando trajes regionais.

A caldeirada é um daqueles pratos tradicionais do centro do país, preparada por pescadores que ficavam com peixes nas redes que depois tinham dificuldade em vender.

Esta receita de caldeirada de enguia é uma tradicional da região de Aveiro, em que se monta tudo em camadas e deixa-se cozer lentamente, criando um delicioso caldo, nesta receita usa-se o tradicional sal de unto, basicamente sal misturado com banha derretida.

As tripas são um doce característico de Aveiro e diz-se que tiveram a sua origem na Costa Nova. São doces e quentes, feitas na hora. Uma especialidade que se pode provar numa das barraquinhas que se encontram ao longo da avenida. Podem comer-se simples, apenas com um pouco de canela ou com recheio do que mais apreciar.

Locais a visitar

Igreja da Misericórdia
Esta igreja é um dos exemplares mais atractivos da arquitectura religiosa do distrito. Construída em finais do século XVI, este monumento exibe uma fachada tradicional com azulejos azuis e brancos, elementos renascentistas nos seus pórticos e uma maravilhosa selecção de azulejos coloridos no seu interior.



Convento de Jesus
Fundado no século XV, este antigo convento dominicano está fortemente associado à princesa mais influente de Aveiro – Santa Joana de Portugal. Conhecida pela sua devoção à religião que se prolongou por toda a sua vida, esta princesa entrou no convento em 1472 e aí viveu até à sua morte. Hoje, podemos visitar aquele que será o seu túmulo de mármore trabalhado, e admirar os motivos barrocos, os pórticos manuelinos, os claustros de inspiração manuelina e as capelas maneiristas que embelezam este monumento histórico.



Museu da Vista Alegre
Aveiro é a terra natal das famosas porcelanas da Vista Alegre, um exemplo da longa tradição portuguesa na área da cerâmica. Situado no interior da fábrica original, onde são produzidas estas delicadas obras de arte, este museu é uma das atracções mais visitadas do distrito. Contemple os vestígios históricos das primeiras peças da marca, veja os desenhos antigos e saiba como funcionam as ferramentas usadas para criar estas maravilhas de porcelana, que foram evoluindo ao longo do tempo.



Museu de Aveiro
Situado no interior do grandioso Convento de Jesus, este museu é considerado um dos mais importantes de arte sacra do país. Expõe uma colecção de pinturas portuguesas dos séculos XVII e XVIII, meticulosos trabalhos de azulejos, peças elegantemente trabalhadas em ouro e um vasto espólio de vestuário, jóias e relíquias.



Museu Marítimo de Ílhavo
Este museu exibe uma interessante seleção da etnografia marítima de Aveiro, incluindo fascinantes exemplares dos primeiros moliceiros, uma variedade de ferramentas de navegação e fotos, bem como a maior colecção de conchas raras de todo o país. Em 2003, este museu foi distinguido com o prestigiado Prémio de Arquitectura Contemporânea Mies van der Rohe pelo seu design moderno.



Parque Infante D. Pedro
Passe algumas horas longe do centro da cidade e desfrute de momentos tranquilos num dos parques mais belos de Aveiro. Caminhe pelos vastos jardins, faça um relaxante passeio de barco numa das lagoas e visite o Museu de Caça e Pesca situado neste espaço um cenário ideal para passar uma tarde serena.



Reserva Natural das Dunas de São Jacinto
Localizada na ponta da bela península de São Jacinto, entre o mar e o estuário, esta magnífica reserva é um dos locais naturais mais conhecidos do país. Desde a sua inauguração em finais da década de 1970, os pântanos, lagoas selvagens e dunas de areia tornaram-se um habitat para a flora e fauna locais, sendo considerada um autêntico santuário de aves. Não deixe de explorar esta fantástica reserva, quer prefira percorrê-la pelos trilhos pedestres ou fazer um passeio nos típicos moliceiros. As dunas são estruturas bastante frágeis; como tal, faz todo o sentido salvaguardá-las para impedir o avanço do mar e proteger a biodiversidade nela existente. A Reserva está integrada na Zona Especial de Protecção da Ria de Aveiro, importante área para a protecção das aves marinhas.

Os terrenos onde se localiza esta área protegida são relativamente recentes, tendo estes adquirido a sua forma atual entre os séculos X e XVII, e separam a Ria de Aveiro do mar. Até ao século XIX estes terrenos eram formados por areias em movimento; no final desse século iniciam-se os trabalhos de arborização, por parte dos Serviços Florestais, que se prolongaram até à década de 1930. Antes destes trabalhos, existiam na zona inúmeros pântanos.



Salinas de Aveiro
A exploração de sal na região de Aveiro remonta numa época anterior à existência da própria Ria de Aveiro, sendo o primeiro documento escrito sobre o salgado aveirense anterior à fundação da nacionalidade.

Ao longo dos séculos, a instabilidade da barra representou um fator decisivo na variação do número e produção das salinas, que se traduziu por períodos de decadência, intercalados por períodos muito favoráveis à produção, como aconteceu em 1572 em que, dada a situação favorável do estado da barra, o elevado e progressivo índice comercial e marítimo, Aveiro se transformou num dos melhores portos de Portugal, havendo um grande incremento na comercialização de sal e na pesca do bacalhau. Em 1808 abriu-se finalmente a barra nova, facto de extrema importância para o futuro de Aveiro e de toda a sua região.



Palheiros da Costa Nova
Os palheiros da Costa Nova são famosas e castiças casas de riscas existentes na praia da Costa Nova, originalmente em tons de vermelho ocre e preto, utilizados como antigos armazéns de alfaias da pesca.

Até inícios do século XIX a Costa Nova era um extenso areal desabitado mas, após a fixação da Barra do Porto de Aveiro, os pescadores das campanhas piscatórias de Ílhavo mudaram-se para a Costa Nova e começaram a construir “palheiros” para guardarem as redes e outros materiais associados à pesca.

Estes eram inicialmente amplos e sem quaisquer divisões interiores e, mais tarde, divididos com tabiques de madeira que eram “decorados” com conchas de ostras.



Minigolfe da Costa Nova
Fundada em 1967, a Lusogolfe dedica-se à conceção, fabrico e instalação de soluções de minigolfe, quer para lazer, quer para competição.

Empenhada em encontrar a melhor solução, a empresa conta com o apoio de uma equipa especializada que aposta na inovação através da constante procura de novas técnicas e materiais. Já foi preferida para instalações em Espanha, França, Suíça, Alemanha, Itália, Áustria, Dinamarca, Turquia, Rússia, Turquemenistão, Brasil, China e Japão.

Além da conceção, fabrico, venda e instalação de equipamentos de minigolfe, a Lusogolfe dedica-se ainda aos serviços de manutenção, aluguer, consultoria e formação. Comercializa também todo o género de acessórios para a prática de minigolfe, tal como tacos, bolas e outro material de jogo.

Para mais informação do Minigolfe da Costa Nova, pode aceder em www.minigolfe-costanova.pt ou lusogolfe.com.



Farol da Barra
O Farol da Barra é o maior farol de Portugal. Fica localizado na praia da Barra,freguesia da Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo, distrito de Aveiro.

Foi, à data da sua construção, o sexto maior do mundo em alvenaria de pedra, continuando a ser actualmente o segundo maior da Península Ibérica, estando incluído nos 26 maiores do mundo.

Foi construído no século XIX, mais propriamente entre os anos de 1885 e 1893, tendo sofrido grandes reparações em 1929. Quem formulou o projecto foi o Engenheiro Paulo Benjamim Cabral, mas quem o concluiu foi o Engenheiro Maria de Melo e Mattos. Foi electrificado em 1936 e ligado à rede de distribuição de energia em 1950.



Ria de Aveiro
A Ria de Aveiro formou-se no século XVI, como resultado de um recuo do mar e, posteriormente, uma formação de cordões litorais e que originaram uma laguna. Constituiu-se assim um dos mais importantes e maiores acidentes geográficos da costa portuguesa. Mas tal nunca teria sido possível sem a existência do rio Vouga, que nasce na Serra da Lapa, mais concretamente, no Chafariz da Lapa, em Viseu. Ao longo do seu percurso, o Vouga vai distribuído riquezas pelas terras onde passa. Mas é depois de passar a vila de Cacia, no distrito de Aveiro, que as suas águas se ramificam num sem número de canais de terreno baixo, onde coexistem ilhas e ilhotas, dando início à formação da Ria tal como a conhecemos.

A Ria, que é também a foz do rio Vouga, é uma das mais belas paisagens de costa em Portugal.

O passeio de barco moliceiro na Ria de Aveiro permite-lhe conhecer a cidade de Aveiro a partir dos 4 canais urbanos de Aveiro. A experiência de navegar num barco tradicional em Aveiro e poder desfrutar da vista da cidade é uma experiência única. Este passeio tem a duração de 45 minutos. Como os barcos moliceiros têm o fundo plano e as eclusas controlam o caudal dos canais urbanos da Ria de Aveiro, este é um passeio de barco muito seguro e a navegação muito estável. É um passeio disponível para todos sem exceção.



Capela de São Gonçalinho
A Capela de São Gonçalinho localiza-se junto a alguns dos canais da Ria de Aveiro, no bairro da Beira Mar, freguesia da Vera Cruz, concelho de Aveiro, distrito de Aveiro, em Portugal.

Foi construída em 1714, sob a invocação de São Gonçalo, a quem é atribuído o poder de curar doenças ósseas e a resolução de problemas conjugais.

Foi erguida em pedra de Ançã. O portal da sua fachada, igualmente desse tipo de pedra calcária, é encimado por um nicho onde se insere a estátua seiscentista de São Gonçalo de Amarante. O mesmo nicho é enquadrado pelas aletas, que o ladeiam. Os retábulos, no interior, em madeira, são setecentistas.



Sé de Aveiro
A Catedral chama de imediato a atenção pela soberba fachada, com as suas imagens das Virtudes Humanas e a imponente torre sineira. No interior domina o branco da pedra calcária, as várias capelas são decoradas por conjuntos de talha, pedra e azulejo de distintas épocas.



Museu da Arte Nova
O Museu Arte Nova de Aveiro, sedeado num dos imóveis mais emblemáticos entre o património desta corrente artística, é o centro interpretativo da extensa rede de motivos Arte Nova disseminados por toda a cidade de Aveiro.

Entre as obras ali guardadas, há possibilidade de parar numa linda casa de chá, onde poderá dar aquela pausa necessária para continuar degustando o melhor da história de Portugal.